A morte dos trampos de 9h às 18h: todos nós teremos horários flexíveis em breve

A autora Alexandra Levit fez um texto bastante interessante sobre flexibilidade no trabalho para o site The Muse, e resolvemos traduzi-lo e adaptá-lo por aqui:

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Há alguns meses eu estava conversando com uma estudante universitária sobre seus planos de carreira. Ela queria um trabalho com horário flexível e eu quis saber o por quê.

A jovem disse que queria liberdade para tirar uma soneca depois do almoço, pois é quando sua energia cai muito e a possibilidade de trabalhar tarde da noite, quando seu cérebro funciona melhor.

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Se eu fizesse um comentário como esse quando eu estava procurando meu primeiro emprego há 16 anos, teriam rido da minha cara. Mas vindo de uma universitária nos dias de hoje, essa solicitação não soa tão estranha.

De acordo com um novo estudo da Universidade Bentley, 77% dos Millennials dizem que flexibilidade de horário faz o ambiente de trabalho mais produtivo para pessoas dessa faixa de idade.

Com a tecnologia e a possibilidade de trabalhar a qualquer hora e em qualquer lugar, esses dados não são uma surpresa. E como os Millennials  aos poucos serão a maioria no ambiente de trabalho, podemos esperar que horário flexível torne-se uma prática cada vez mais comum, e não um privilégio.

Estes são os quatro principais motivos defendidos pelos Millennials para que a flexibilidade de trabalho aconteça o mais breve possível:

 

1. Equilíbrio Trabalho-Família

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Leslie Doolittle, assistente e diretora de serviços de apoio acadêmico na Universidade de Bentley, descobriu que o trabalho não define os Millennials tanto como as gerações anteiores. Doolittle diz que família, amigos e impacto na comunidade são mais importantes.

Diante disso, eles serão mais exigentes com a questão de tempo para a vida pessoal. Eles estão intimamente ligados aos pais e querem cuidar pessoalmente deles à medida que envelhecem, além de criar os filhos.

Eles não se importam de ler e-mail mais tarde em seus lares ou finalizar um projeto no sábado desde que possuam a liberdade para estar em casa.

 

2. Estudos

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De acordo com pesquisa realizada pela The Hartford, 50% dos Millennials se preocupa com treinamento e desenvolvimento nas empresas. E elas estão ouvindo.

Muitas empresas estão cumprindo esse desejo através de programas de rotação de liderança onde eles podem conhecer e testar diferentes áreas.

De qualquer forma, a geração Y vai passar algum tempo estudando e trabalhando em habilidade adicionais, e algumas dessas atividades podem ocorrer durante a jornada de trabalho.

 

3. O desaparecimento dos escritórios

Em 2030, os profissionais vão trabalhar principalmente a partir de casa, e existe a crença de que a maioria das empresas terá encerrado seus escritórios físicos permanentes para apostar em espaços de coworking, de acordo com a necessidade.

As reuniões continuarão sendo feitas virtualmente e em qualquer fuso horário, tornando as viagens para visitar clientes ou parceiros desnecessárias. E se o escritório não é necessário, por que ter um horário fixo?

 

4. O impacto no bolso da empresa

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O fato é que os Millennials estão certos – horas fléxiveis de trabalho contribuem para a produtividade. Uma pesquisa do professor Nicholas Bloom da Universidade de Stanford comprovou que trabalhar remotamente aumenta o tempo dedicado ao trabalho e a satisfação.

Ao longo de um período de nove meses, Bloom observou 250 pessoas na Ctrip, um site chinês de viagens. Metade dos funcionários trabalhava em casa, enquanto a outra metade continuou no escritório. Acontece que, sem o tempo perdido para chegar fisicamente no escritório e as distrações, essas pessoas produziram 10% mais e a empresa ainda economizou US $ 1.900 por funcionário.

 

5.Evoluindo para um local de trabalho flexível

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Nós ainda não chegamos lá, então como começar a transição? Meu palpite é que vamos começar aos poucos, com arranjos de trabalho flexíveis. Isso é, tarefas compartilhadas ou divididas entre duas pessoas e organização da carga horária, com algumas pessoas fazendo horários das 7h até as 15h, enquanto outros trabalham das 10h às 18h. Nesse meio tempo, mais e mais pessoas vão convencer seus superiores a deixá-los trabalhar em casa um ou mais dias por semana.

O que você acha? Sua empresa está preparada para isso?

Fontes: por Alexandra Levit para The Muse, traduzido por Inquietaria - Fotos: Pixabay

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